Dedilho as cordas da distância
com a saudade por amante
aquela que me escuta o canto
que desfaço na praia salgada
tanto rasa esperando a baixa-mar
agarro todos os sons soltos das marés
sulcando o sul
e aceito o vento e a sua liberdade
de não chegar a porto marcado
com os sons e os ventos
faço as manhãs de água
dançando com as barcas e o cais
desfaço as mágoas que trago no lastro
mutando os açoites da brisa
no bronze do rosto
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