Como uma guitarra tocando no silêncio
a vida
é um grande lago
volúvel como os lábios tenros
perdidos na seiva dos séculos
outrora rios
de longínquas águas e metais
azul de distâncias
nas manhãs sem rasto
como panos de velas escondidas
transviando as ventanias
no lenho dos corpos acotados
transformação da pele e do bronze
no vazio tétrico das coisas sombrias
e outras loucuras adejantes
pulsadas deste esparso chão de mosto
que vem dos deuses
e das trovoadas por dentro das distâncias.
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