Fechei os olhos e segui
a tato
por todos os quadrívios
como se o espaço místico
fosse a minha câmara escura
onde o exterior
é apenas um voltar ao corpo
uma imagem que não sinto
nem conheço a geometria
senti que o instante
é mais escuridão e tempo
senti que a distância é menos espaço
onde a matéria se conhece na neblina
pelo impacto na derme lisa
senti que é necessário
fechar a teia e o orvalho
dos olhos
no fluir da utopia da luz
para ver do lado de cá
do espelho alucinado
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