terça-feira, 23 de agosto de 2011

Do lado de cá


Fechei os olhos e segui
a tato
por todos os quadrívios
como se o espaço místico
fosse a minha câmara escura
onde o exterior
é apenas um voltar ao corpo

uma imagem que não sinto
nem conheço a geometria


senti que o instante
é mais escuridão e tempo
senti que a distância é menos espaço
onde a matéria se conhece na neblina
pelo impacto na derme lisa

senti que é necessário
fechar a teia e o orvalho
dos olhos
no fluir da utopia da luz
para ver do lado de cá
do espelho alucinado

Sem comentários:

Enviar um comentário